domingo, 15 de março de 2015

Índia - Primeiro dia (parte 1)

Pensando a respeito do que é uma viagem:
Viajar, se locomover: mudar de lugar; não estar mais no ponto de partida; se comover: mover-se junto. Qualquer trajeto de presença é uma viagem, qualquer sonho, qualquer beleza mental, também. Eis que saio do meu mundo, da comodidade do meu entorno e logo de dentro da minha casa percebo que a viagem começou. Não a que travo pela vida, mas a jornada para a Índia. Um e-mail anuncia nossa necessária troca de vôo, que faríamos o mais rápido possível. Uma viagem de horas, não há vôo direto e o que se ouve sobre a Índia, além da beleza de seus templos, da pobreza (e alegria!) de seu povo, é que se trata de um grande choque cultural, uma mistura de cheiros, sabores, carros, poeira, barulho, buzinas, animais e pessoas pelas ruas. A história que ficou para mim foi a de minha irmã que, ao chegar na Índia, há 18 anos mais ou menos, quando ela também tinha por volta desta idade, teve um desmaio, um espasmo, uma ruptura diante da feiura confusa de uma beleza velada. Uma linguagem que não dizemos porque não somos daqui (escrevo do lado de cá, da Índia), mas que ao mesmo tempo se comunica com a alma, fala com a minha. 
No entanto a Índia tem sido completamente diferente para mim do que sempre ouvi dizer. 
(Foto tirada no aeroporto de Délhi)

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