domingo, 29 de julho de 2018

12a CARTA PARA MINHA FILHA

12ª CARTA PARA MINHA FILHA


De que lugar do universo vem essa força, esse Ser que já me habita com suas vontades próprias e expressões? Parte de você filha, parece ter vindo de dentro de mim e de dentro do seu pai, assim demos origem a sua carne, ossos, sangue, sua matéria, o corpo com que viverá a aventura da sua vida no planeta Terra. Mas há também sua parte sagrada e etérea, sua alma sublime e potente, a música da sua existência, a essência do seu Ser. Acredito que não vem de mim, nem para mim, mas para o mundo. Para mim somente na medida que sou parte deste mundo, e que agora o represento, na esfera do meu útero: o mundo todo pra você. Sinto-a navegar nas águas do meu mar e do meu amar. Você ainda passará pela minha terra, um portal que dará você à luz. 

Por muitas vezes refleti sobre esse termo “dar à luz”. O parto é a primeira dissociação de nossos corpos em que sabiamente a nossa linguagem nos indica que eu a estou dando, mais que a recebendo. 


Preciso sempre me lembrar!


E quem te recebe é a Luz. Provavelmente esta, sim, a de onde realmente você veio. 


Seja sempre bem-vinda, filha, ao lar iluminado que te deu origem, de onde se preencheram de alma todos os seres, e todas as coisas belas e puras!


Bem-vinda! 

#cartasparaminhafilha

Foto: @sitah_photoart



sábado, 21 de julho de 2018

11a Carta para minha filha

Filha, ontem estava lendo sobre reconciliação com o nosso passado. Você ainda nem nasceu e sinto como se já criássemos juntas registros na sua vida. Meus sentimentos emitindo impressões nos seus. Minha vida tocando a sua. A sua tocando a minha. Estamos tão nuas uma para outra, tão próximas como jamais estaremos novamente, imagino. Sabemos uma da outra como a nós mesmas e desde sua chegada em meu ventre estamos criando um passado único. Há meses partilhamos os mesmos registros, as mesmas emoções, o mesmo alimento, o mesmo corpo. "É preciso se reconciliar com o passado", li ontem. Sim o passado anterior a você recobre meu presente com as marcas que ficaram. Revejo sobretudo minha mãe, o que ela foi para mim, o que ela é para mim, o que eu sou. Quanto dela ficou no que sou, quanto preciso me reconciliar com ela e com o que fomos. Observo que as mães desconhecem o olhar dos filhos para elas. As mães tem sua própria perspectiva amorosa de como criaram os filhos e se dedicaram a eles com o máximo que puderam oferecer. As mães são generosas, o olhar profundo para elas não é generoso, é humano. E é preciso esse olhar humano para alcançar a mãe dentro de nós, a que gerou e soprou a vida em nós. É preciso passar pela ausência da mãe, pelas imperfeições da mãe, por sua humanidade, para chegarmos a sacralidade da grande mãe: a natureza, a terra, o mar, grandiosos símbolos acolhedores da nossa vida, que nos dão o que comer, onde pisar, onde nos levar.. A mãe é a origem, o chão. Sem a mãe simbólica e única que criamos em terrenos supraconscientes do nosso Ser, não temos apoio para os pés, para caminhar no mundo, nem passagem para adentrá-lo, nem vida que nos alimente a alma. Quando falta a mãe precisamos criá-la recolhendo em nossas próprias raízes os restos de nós mesmos.


Vou falhar filha, vou me culpar pelas falhas. Essa tem sido a cruz das mães do meu tempo, as que observam mais e que se cobram mais. Com os olhos mais vivos essas mães, nas quais me incluo, reconhecem imediatamente as marcas que estão deixando, tatuagens na pele sensível dos filhos. Quanto mais aprofundamos o olhar para nossas mães, fica mais claro o olhar para nós mesmos. Também as descobrimos em nós, decodificamos as repetições, boas ou más. Somos aquela mãe também. E a vida competente na capacidade de nos ensinar, nos presenteia com o perdão. Quando erramos ficamos mais doces para perdoar quem julgávamos ter errado com a gente. Quando compreendemos nossas pequenezas, nos abrimos para aceitar que todos podem ser pequenos também, inclusive nossas mães. Quanto de humildade recebo me tornando mãe! Não sou perfeita, nem posso mais sonhar ser. Nem sonhar que poderiam ser melhores comigo. Como me ensinariam tudo que tenho aprendido? A frase mágica que sempre me liberta das lamentações: "Vivemos exatamente o que precisamos viver para aprender exatamente o que viemos aprender". Chega de lamentar como poderia ter sido, como gostaríamos que fosse! Esta vida, tal como é, é a única forma possível de aprendermos exatamente o que viemos aprender. Controlamos nossas escolhas, mas não controlamos o que nos acontece quando escolhemos. E, ao mesmo tempo, podemos controlar o que faremos diante do que acontece…


Outra frase mágica, filha. Mágica porque nos tira da ignorância, da ilusão, com poucas palavras. "Não é o que nos acontece que nos marca, mas o que fazemos com o que nos acontece". Todo abismo pode representar uma queda, mas se formos pássaros podemos voar. Atravessar abismos com as asas dos sonhos que sustentam nossa realidade. Somos esse vôo pela vida. Um dia voamos, livres do passado. Meu sonho é que eu possa viver intensamente tudo com você, para que não me lamente de nada quando você voar de mim, de nós, de todas nossas memórias, para o céu do seu existir sem limites. Sem os meus limites. Sem os nossos limites. Que você seja livre, filha, LIVRE! Que nenhuma corrente possa impedir seu vôo. Nem as suas próprias. Que você aprenda a se soltar.


É preciso se reconciliar com o passado, filha!



quinta-feira, 19 de julho de 2018

10ª CARTA PARA MINHA FILHA

10ª CARTA PARA MINHA FILHA

Filha, nossa reta final, últimas semanas.
Um misto de sentimentos me toma. Uma alegria antecipa sua vinda com ainda mais abertura do meu coração. Tenho junto um pouco de cansaço, sono e também alguma tristeza. Talvez eu esteja começando a me despedir de mim. Um eu que nunca é assim tão verdadeiro quanto o que a vida futura é capaz de me oferecer. Despeço-me do que fui. Algumas fraquezas às quais estive apegada, vitimismo… Mas o país dos sentimentos é sempre confuso. Não se pode lê-lo com as ferramentas do mundo. Não há escola que ensine o seu idioma ou tradução. Então me sinto submetida a um mundo que não compreendo completamente e preenchida de um mundo novo que é você!

Ontem fomos na Bárbara para a segunda consulta com ela, a enfermeira obstetra, uma das pessoas da equipe humanizada que nos assistirá no parto. Enquanto escrevo essas palavras você se move no meu útero, como se soubesse sobre o que está por vir. Você sempre se move quando o assunto é parto, seja se sou que quem fala, ou se sou eu quem ouve. Estamos juntas nessa! 

Na primeira consulta a Bárbara me fez uma série de perguntas que eu considero importantes. Pois o que vivemos no passado pode delinear nosso futuro, sabia, filha? No passado eu fui uma criança como você, na barriga da minha mãe e a Bárbara quis saber como eu saí de lá, o que eu ouvi da minha mãe sobre esse parto, o que minha mãe viveu depois com os partos das minhas irmãs, como foi para ela. Olha que forte, filha, as minhas experiências e o meu discurso tem o poder de determinar suas percepções de mundo, assim como fizeram os sentimentos a absorções da minha mãe comigo. Quando falo e relembro isso tudo, tomo consciência, trago para um campo mais claro o que eu sou e o que estamos vivendo. Com mais clareza surgem as escolhas que podemos fazer, pois no planeta há milhares de pessoas vivendo automaticamente, sem fazer uso das escolhas ou sem tomar consciência sobre si mesmas. Eu já fui uma dessas pessoas, e nada me impede de voltar a ser. A verdade é uma prática. A verdade é movimento. É um rio. Não é uma água parada. Só se mantem a existência da verdade quando a deixamos correr para o mar. Somos assim também, feitos de água. É no movimento constante de auto-observação que somos capazes de conhecer quem somos e retomar a consciência que perdemos constantemente neste mundo nebuloso que chamamos: realidade. Nós criamos a realidade. Cada um cria a sua. E, fatalmente, a mais forte e primeira influenciadora da nossa “fantasia” é a mãe. Para mim foi a minha mãe, sua avó. Para você serei eu. Muita responsabilidade. Por isso preciso me despedir de mim. A natureza já faz isso. Nem sempre somos capazes de perceber. Mas para nascer a sua vida uma morte mais profunda que a física está prestes a acontecer. É comum que na última fase do trabalho de parto as mulheres se remetam à morte: “Eu vou morrer!”ou "Estou morrendo” ou ainda “Não quero morrer”, essa morte metafísica antecede o nascimento dos filhos. Nasce também a mãe e o pai. 

Na consulta de ontem minha principal preocupação era se a sua cabeça já estava na posição, passei dias de ansiedade pensando nisso, com algum medo… Conversei com você, pedi, mas somente quando a Bárbara me examinou e confirmou que sim, você já tinha virado a sua cabeça e o seu corpo no sentido correto e que dificilmente isso mudaria daqui pra frente senti vontade de chorar de emoção, segurei as lágrimas por timidez, e só então percebi o quanto de sentimento eu estava acumulando... Eu não queria que a consulta acabasse mas apesar da disponibilidade dela eu não tinha mais muito o que perguntar. Já tinha perguntado de tudo que me veio à mente e ainda me faltava espaço para falar um pouco mais. Fui adentrando um lado meu que oprimo, embora não pareça, eu evito chorar ou expressar minhas verdades. As verdades mesmo eu escondo até de mim mesma, principalmente as dores, mas eu não quero que seja assim pra você. Porém não está sob meu controle. Eu só tenho a mim para transformar… O melhor que posso fazer por você é buscar a cura de mim mesma. Eu busco, filha, busco. 🙏🏻💜🙏🏻

Aline Ahmad🧚‍♀️ (na foto com minha mãe Avanil Ahmad. O vestido foi um presente dela, feito pela mesma estilista que fez um vestido para ela quando estava grávida de mim, a Helenice Barreto. Inspirado no modelo da minha mãe de 1979, ano em que eu nasci)


domingo, 15 de julho de 2018

O portal da mãe

Cada criança que chega traz a sua luz para iluminar o mundo. A mãe é o portal que entremeia os mundos. É como o nascer e por do sol no limiar do dia e da noite. Pela passagem pelo corpo (e alma) da mãe — e de forma muito mais sutil, do pai também — chegamos ao planeta imantados e somos “animados”, no sentido de preenchidos de nossa própria alma, conforme recebemos o sopro do amor, do reconhecimento e  da atenção dos que estão ao nosso redor. Como soprar a vida em um bebê sem estarmos nós mesmos preenchidos da nossa alma?

Antes de ser esse portal eu precisei buscar a mim mesma. E somente no momento último, quando a energia de uma criança pousou no meu útero, foi que eu realmente me senti preenchida. Como se concebê-la e gestá-la fosse o artifício que faltava para tornar-me eu. Ela também tem me soprado a vida, preenchido meu corpo e me permitido ser sagrada. 


Foto: @sitah_photoart 



O portal da mãe

Cada criança que chega traz a sua luz para iluminar o mundo. A mãe é o portal que entremeia os mundos. É como o nascer e por do sol no limiar do dia e da noite. Pela passagem pelo corpo (e alma) da mãe — e de forma muito mais sutil, do pai também — chegamos ao planeta imantados e somos “animados”, no sentido de preenchidos de nossa própria alma, conforme recebemos o sopro do amor, do reconhecimento e  da atenção dos que estão ao nosso redor. Como soprar a vida em um bebê sem estarmos nós mesmos preenchidos da nossa alma?

Antes de ser esse portal eu precisei buscar a mim mesma. E somente no momento último, quando a energia de uma criança pousou no meu útero, foi que eu realmente me senti preenchida. Como se concebê-la e gestá-la fosse o artifício que faltava para tornar-me eu. Ela também tem me soprado a vida, preenchido meu corpo e me permitido ser sagrada. 


Foto: @sitah_photoart 



sábado, 14 de julho de 2018

9a CARTA PARA MINHA FILHA

9a CARTA PARA MINHA FILHA

Meu amor, os meses de gravidez são longos para a sua espera mas curtos para que eu consiga preencher com tudo que gostaria. Eu me sinto ligada à você. A sua presença também me preenche de mim, da vontade de me presentear sendo mulher e viva, sendo encantada e bela. Encantada por esta outra vida impregnada no meu corpo e na minha alma. Só mesmo o encanto da matéria concebe a mágica deste mistério em que um outro corpo é gestado no interior do meu. O fenômeno se repete em toda parte e ainda deslumbra. É como a natureza, o sol nasce e se põe, as sementes se tornam árvores, os animais geram filhotes, a poeira na ostra converte-se em pérola, e você, fruto de um profundo amor, se tornará uma mulher! Minha filha!


Eu não tenho mais buscado por seu nome, nossa relação está selada pelo encontro da mãe que sou para você, e da filha que você é para mim. Sinto que os outros vão te chamar pelo lindo nome que surgir dos seus olhos e do seu respirar. De alguma forma espero saber decifrar sua linguagem e em seu  lugar pronunciar sua palavra-identidade. Mas enquanto tantos o usarão, você continuará sendo para mim: filha, minha filha. Ainda que jamais venha a me pertencer, mas “minha” como Saramago escreveu, no “Conto da Ilha Desconhecida”: por ser amada. Afinal amar deve ser a melhor forma de ter, e ter deve ser a pior forma de amar. Não pretendo te ter, mas você será minha pelo amor que nos liga uma a outra. E eu sua, sua mãe. Para sempre!


O encanto você me trouxe e a beleza, pela qual me sinto penetrada nesse estado gestante, foi registrada em um ensaio da artista e fotógrafa @sitah_photoart 

Veja também: @sitah_fineart 

Assim me presenteei, filha, repleta de você e de mim!💜🌷💜




terça-feira, 3 de julho de 2018

8ª CARTA PARA MINHA FILHA



(Escrita inicial em: 27/5/18)
Filha, recebi uma mensagem arrebatadora da sua tia:

“Line quando puder converse e conte pra ela de mim.... talvez ela não saiba de mim, que estou longe. Mas to pensando nela daqui”

Ela ainda colocou uma carinha chorando e corações na mensagem. Ler aquilo me fez chorar, filha, pois temos uma ligação muito forte e próxima e foi como se eu compreendesse os sentimentos da minha irmã, mesmo longe de mim, principalmente agora que estou grávida de você. A sua tia esteve presente nos momentos mais importantes da minha vida. Então resolvi te escrever sobre irmãos. Essa tia, a Andreza, ou tia Deza, foi a minha primeira irmã. Depois nasceu a Adelita. Seu pai também tem uma irmã maravilhosa, a Marília. Não tenho dúvida de que você amará todas elas (como eu também amo), irá aprender com elas, ensinar o que só seu espírito sabe, e ser muito amada. 

Eu, como você, fui a primeira filha dos meus pais. Seu pai também foi o primeiro filho. Só que, diferente de nós, pode ser que você não venha a ter uma irmã ou irmão... Então preciso mesmo te contar o que significa isso. 

Eu não me lembro dos fatos, mas lembro do que eu senti. Eu tinha 2 anos e meus pais só para mim. Os pais são tudo na vida da criança. Tudo mesmo. O mundo todo. E me emociona pensar que já sou isso pra você. Todo seu entorno, e que continuarei sendo por algum tempo após você nascer. Todas as suas referências e inspirações vão vir desse lar, no início principalmente da nossa relação, e em segundo plano de como você enxergará seu pai e nós, a nossa família. As experiências que viver com a gente construirão as suas crenças e elas serão para você as suas verdades sobre o mundo todo. Forte isso! Assim era na minha infância. Até que meses após completar 2 anos a tia Deza nasceu. Foi como minha primeira tragédia, filha. Eu lembro do sentimento. Como se uma dor profunda tivesse me atravessado. Eu, com 2 anos, não sabia elaborar ou compreender aquilo. Já mais velha, lembro que meus pais contavam que a tia Deza era a bebê mais linda da maternidade. Grande, saudável, loirinha... Que todos queriam conhecê-la. Se assim foi na maternidade, imagino que também assim tenha sido na vida. E imagino que tenha se repetido um ano e alguns meses depois, com o nascimento da sua outra tia, Adelita. Ambas eram lindas e loirinhas. Meus cabelos eram mais escuros. Não sei, mas fiquei com a impressão filha, de que no Brasil, por ser menos comum os cabelos mais claros, achei que as crianças loiras eram mais amadas. E é assim mesmo que construímos nossas “meias-verdades”, concluindo bobagens a respeito de experiências vividas. Sobretudo as experiências de dor, e tentando encontrar explicações plausíveis para os nossos sentimentos. Aliás, talvez eu devesse dizer: para os nossos sofrimentos. Lembro da sensação de ter sido deixada de lado, de não receber atenção, não só dos meus pais, mas de todo o mundo em volta. Quase como se eu tivesse me tornado invisível e todos que chegassem na casa, ou perto da nossa família, de alguma forma, só tivessem olhos para elas. Chamamos os olhos do corpo de “janelas da alma”, é por onde podemos penetrar no universo interno do outro. Eu diria que os olhos são também uma fonte límpida de onde a alma pode ser jorrada para fora, para alimentar os outros de amor e atenção. Eu precisava desta fonte. Todos em algum nível precisamos ser vistos, notados, percebidos. É como se de fora recebêssemos um sopro sagrado que nos preenche de vida, confiança e amor, através do olhar do outro para o nosso Ser. 
Com o tempo e maturidade vamos descobrindo que essa fonte não está fora, é apenas a expressão do que trazemos dentro. E eu, filha, acredito que essa construção interna, ou o caminho para chegar à sua própria luz, pode ser mais suave se desde o início dos seus dias eu souber proporcionar boas impressões suas sobre o mundo, sobre mim, seu pai e, principalmente, sobre si mesma. 🙏🏻💜 
Bom, acabei me aprofundando um pouco e deixando de contar sobre as minhas irmãs, filha, suas tias. Elas foram um sopro sagrado que me preencheu de vida e de amor. Ainda que tenha me custado algum sofrimento, foram as cúmplices da minha infância, as testemunhas e coprotagonistas de tudo que vivemos juntas. Foram sobretudo minha maior alegria e doçura. Lembrar disso cura as feridas. O amor foi infinitamente mais amplo, se expandiu com a chegada delas. Então filha, caso você não tenha mesmo irmãos eu sinceramente torço para que você edifique relações análogas com primos e amiguinhos. Nunca será a mesma coisa. Mas isso não importa. Até porque eu preciso aceitar que é a sua vida, não a minha, e que é única. O seu caminho não está completamente sob meu controle, nada está, mas é minha responsabilidade oferecer o meu melhor a você. Eu me entrego em cada carta e espero pelo nosso encontro procurando me comunicar com você nessas palavras.