quarta-feira, 28 de junho de 2017

Uma viagem pode ensinar

Toda viagem é uma forma de aproximação com o que somos. Pois distante da vida que levamos, acabamos nos abrindo mais para uma natureza própria, algumas vezes esquecida e distante... Nosso comportamento nas viagens é mais presente e atento, nosso olhar procura conhecer o novo, o nunca antes visto. Temos um tempo a mais para apreciar o belo. Um pouco de ócio, mesmo em uma viagem corrida, pois, ainda que sobrecarreguemos o corpo, liberamos a mente. 

A mente atribulada é como uma janela suja. Não é possível dirigir o veículo sem ver o que está à frente. Pelo vidro empoeirado [mente] não vemos o mundo como ele é. Temos uma percepção empoeirada do mundo. Com a mente uma pouco mais limpa, como acontece durante as viagens, captamos as belezas de forma mais pura. No caminho de volta (como esta foto, tirada na estrada de volta de Alto Paraíso, no último feriado) precisamos lembrar de trazer o mesmo olhar que levamos para a viagem, para que possamos olhar a nossa vida e reconhecer as nossas belezas. Para quem está para sair de férias este pode ser um excelente compromisso. Para quem vai continuar no trabalho, encontrar práticas de esvaziamento da mente vão contribuir para uma vida mais saudável e feliz. Você fica ou vai? #viajar #viagem #altoparaiso #goiás #chapadadosveadeiros #consciência #despertar #meditação

domingo, 25 de junho de 2017

A sabedoria da natureza

Queria lembrar que o aniversário de São João coincide com a época do solstício de inverno (no hemisfério sul). Após esta passagem (da noite mais longa do ano, com mais horas de escuridão) passamos a caminhar para um período de luz, com dias cada vez mais longos (mais horas de luz gradativamente) até o natal, nascimento de Jesus, que coincide com a época do solstício de verão (no hemisfério sul, no norte é invertido...). O solstício de verão é o dia com mais horas de luz do sol.  Com a passagem do natal caminharemos novamente para a escuridão do inverno, gradativamente. 

Podemos observar esses símbolos e a interferência da natureza no nosso humor, estado de espírito, recolhimento, retraimento, expansividade, como um coração pulsando mais para dentro e mais para fora conforme a época do ano. 

Antes das cidades estávamos conectados à natureza e vivenciávamos esses fenômenos mais inteiramente, não tínhamos equipamentos para nos proteger do frio, calor excessivo, escuro, claridade. Éramos impactados fortemente pelo poder da natureza e reverenciávamos a sua sabedoria e beleza. 

Mesmo não acompanhando tão diretamente o que está acontecendo, como todos os seres vivos, continuamos impactados pela Terra, pelo céu, pelo mar... Que tal observar, sentir, estar presente e reconhecer como lidamos com isso?

(Aline Ahmad, inspirada no aprendizado que tive com Marilia Campregher, que estudou este assunto)

domingo, 11 de junho de 2017

Um passeio com Sócrates e Platão

Hoje acordei como um pássaro de amplas asas recebendo o calor do sol e o abraço do vento, em pleno vôo. As imagens me levam para além das palavras. Tudo porque ontem me encontrei com Sócrates pela primeira vez. Eu já o tinha ouvido de muitas bocas e também o tinha conhecido por meus olhos muito distraídos deitados em traduções pouco cuidadosas dos escritos gregos de seu discípulo Platão. Mas ontem, quando saí do curso "Fedro e a loucura da alma", com Cristina Rodrigues Franciscato, na Palas Athena, senti um ímpeto mais forte. Sócrates merecia meu olhar atento, através das palavras de Platão. Eu tinha sido levada pela mão aos arredores de Athenas, caminhado por lagos e relvas, repousado abaixo de um plátano, ouvido a música de verão do canto das cigarras e observado a atmosfera das ninfas. Foi inevitável que algo ficasse comigo desse passeio. Abro as páginas de "Fedro" e me emociono com a inteligência desse mestre (eu bem conheço a dádiva de ter um mestre vivo!), me identifico com Platão, esse discípulo que coloca nos lábios de seu mestre, Sócrates, as suas mais sublimes palavras. Claro, me questiono se admiro a um ou a outro, pois de ambos recebo versos coroados pelo tempo e pela mais almejada sabedoria. Sei que já não escrevo mais como eu mesma, como se tivesse respirado os vapores daquelas presenças e me tornado inspirada pelo que vivificaram na humanidade. Era assim: a pítia, sacerdotisa de Apólo, inspirava seus vapores, as folhas de carvalho (a árvore sagrada de Apólo) para dizer seus dizeres. Ao inspirar ela se tornava inspirada nele, habitada por ele. Debruço as narinas neste livro, respiro um pouco mais e escrevo. [Que convencimento a literatura é capaz de trazer!] Por quantos ares esse texto me leva a voar! 
Fedro pergunta a Sócrates se ele acredita em um mito.
"— Todo aquele que (...) se propuser a explicar cada um (...) precisará de muito tempo para isso. Mas não disponho, em absoluto, de qualquer tempo, e a razão para isso, meu amigo é a seguinte: continuo incapaz (...) de conhecer a mim mesmo, de modo que me parece ridículo investigar coisas sem relevância quando ainda permaneço ignorante (...) empreendo a investigação não de tais coisas, mas de mim mesmo"

sexta-feira, 9 de junho de 2017

É impossível ferir apenas o outro

É impossível ferir o outro sem se ferir. Esta é uma máxima. Então toda vez que alguém sofre, uma parte nossa também dói. E, obviamente, quanto mais próxima estiver a pessoa, mais evidente isso será. Também é impossível amar o outro sem se amar. Estamos sempre caminhando neste percurso. Aprendendo a nos amar e a amar outro. No caminho costumamos nos ferir e ferir o outro. Essa corrente é sempre recíproca porque no mais profundo o que nos separa do outro não existe. 

Outra máxima: a violência é sempre um pedido de socorro, um sinal de sentimento de desamor. Quem se sente amado e acolhido não é violento. 

Este é um conhecimento muito importante, pois ouvimos sempre "violência gera violência", isso é verdade, porque não estamos maduros e conscientes para notar o que está por trás (o pedido de socorro) e quebrar a corrente. Quando alguém age com violência conosco (e isso pode acontecer em graus mais sutis até nos relacionamentos mais íntimos) nosso impulso é sempre de revidar, somos tomados pela sombra, perdemos a clareza. Não falo de violência física, falo da violência das palavras, da indiferença, dos gritos, da rejeição, dos julgamentos...

Quando se fala da importância do autoconhecimento é porque só assim podemos abrir os nossos olhos e perceber que o outro é apenas um espelho onde nos vemos refletidos. Tudo que vemos no outro é o que está obscuro em nós. Então o "jogo de acusações" é sempre uma perda de tempo, uma distração, um desvio do olhar que poderia recair sobre nós mesmos. O único ser que temos o poder de melhorar se chama: eu. 
...................

Flor do dia é uma mensagem transmitida diariamente, globalmente, pelo líder humanitário Sri Prem Baba. Muitas vezes, sincronicamente, vai parecer que ele está falando com você. 

A mensagem de hoje fala sobre desamor e ódio.

“O desamor pode se manifestar na forma de um ódio bem objetivo, mas também pode se expressar em graus mais sutis. Independentemente do grau que ele se manifesta (irritação, descaso, indiferença, falta de presença ou desejo de ver o outro sofrer), essa vibração emana de você e causa um impacto. O ódio pode ser transmitido até mesmo através do leite materno que, se contaminado por ele, se transforma num veneno. E a dor gerada pelo desamor faz com que a entidade desenvolva a violência como forma de proteção.”
Sri Prem Baba
  

#flordodia #sriprembaba #prembaba #sabedoria #amor #comunicaçãonãoviolenta #cnv #awakenloveglobal