quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Relacionar-se com outro é um jeito de se relacionar consigo

Não se trata de olhar somente um para o outro. Mas de olhar, os dois, na mesma direção.

Se trata de caminhar junto e de se ver refletido no olhar do outro (para o bem e para o mal). É na parceria que temos a oportunidade de nos relacionar com quem somos. Nossos medos aparecem. Nosso melhor também aparece. Depende de quanto somos merecedores. E da coragem que temos de enxergar. O relacionamento pode favorecer muitas ilusões mas a intimidade permite as revelações. Uma dança dos 7 véus. As máscaras vão caindo. Os 7 chakras se apresentam, em um caminho que descobrimos mais sobre o outro (e sobre nós mesmos) quando somos capazes de nos reconhecer e nos mostrar. “Não é o outro, sou eu.” “Preciso assumir que vejo em você o que eu sou.”

“Não é a você que quero mudar, preciso mudar (curar) a mim mesmo”

“Você me dá a lente para que eu seja capaz de me ver verdadeiramente.”

Estas são frases-guias, lembretes importantes de uma verdade irrefutável: o outro não existe. Sou sempre eu e eu. Eu e o que escolho para mim. Eu com as lições que me servem. Eu me queixando, ou aprendendo e amando, eu recriando e revivendo o passado, ou eu vivenciando e criando o presente... Eu, eu, eu!

Se temos um companheiro que também reconhece esta verdade em si mesmo as chances de aprendizados profundos se ampliam, as de alegrias intensas também. 




Você me apresentou o autoconhecimento, quando nos conhecemos. Depois você me apresentou a Índia, meu amado guru, meu caminho espiritual, impulsionou meus talentos, minha poesia, meu livro, minha vontade de gerar uma outra vida... E nunca foi você. Fui eu que me permiti e você estava lá...

Lá no meu coração ❤️❤️❤️


sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

É da sua natureza

É da sua natureza me mostrar poemas
É da sua natureza me deitar na terra
E a terra deitar também sobre mim
Com toda a natureza dela
me subindo pelas pernas
Só você faz isso assim
Porque é da sua natureza e da minha também 
(Manhã de 5/8/2017)

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Sobre o passar do tempo e florescimento

Em 19/02/2015 às 3 da madrugada na legenda da foto de uma flor no Instagram:

Horas atrás foi o dia do meu aniversário. 
É preciso rever o que eu vivi. Já são 36 anos, mas ainda não me sinto velha, nem perto disso, como não considero velhos os que têm o dobro da minha idade. Acumular anos não é tornar-se imprestável, como a velhice já foi vista. A idade traz sim uma sabedoria. Embora o mundo valorize o jovem, acho que eu nunca fui tão boba quanto quando era "jovem". A sabedoria mora nos extremos da vida, infância e velhice e eu sou grata por parte dela ter me visitado aos 30 e poucos, não sei exatamente quando, mas eu tenho florescido. 
A flor é a ejaculação da planta, a exuberância da beleza que precede o fruto. Eu tenho florescido. Um florescimento que pode durar uma vida toda (ou mais!?) e mesmo neste processo eu tenho gerado frutos. Tudo que escrevo e que sai do meu coração; as palavras que passam pela minha boca como expressão do meu ser; os atos por mim praticados que geram frutos em outras pessoas, por intervenção da minha relação com elas, do amor que reverbera do nosso encontro, da luz que se celebra em uma alma e outra, de uma alma para outra. Enfim percebo que os frutos não são meus, mas da árvore (ou floresta) "humanidade", a qual me sinto pertencer, porque tenho florescido. 
Eu tenho florescido e vejo mais beleza no mundo e em mim mesma. Há flores que são sementes, vejo que um fruto aconteceu antes, para que a semente pudesse existir. E estas flores são belas, na semente que elas sabem ser, e eu uma privilegiada por vê-las neste instante do crescimento, quando elas nem imaginam a beleza que sairá delas mesmas, então às vezes são duras, como algumas sementes precisam ser para sobreviver. Mas há a incandescência (a indecência!) dos pequenos brotos, dos botões prestes a se abrir e há as flores que me mostram perfume, ou que me permitem saborear seus frutos e me alimentar de sua existência. Ah, como são lindas as pessoas a minha volta! Tenho florescido e visto, não o tempo todo, confesso, mas meu florescimento é conseguir ver e o florescimento dos outros é conseguir me ver... Mesmo quando não consigo ver...
Eu aceito vida! Eu agradeço por tudo que tenho recebido, por tudo aquilo que já compreendo, e por tudo aquilo que ainda não posso compreender, pois eu tenho florescido, mas não sei sobre tudo ainda, nem sequer sinto todo amor e beleza disponíveis neste Universo tão vasto, tão próspero... A natureza não economizou em nada. Ela me invadiu e, até por isso, por vezes eu não suportei tanto deslumbre, eu me fechei.
Neste ano, que se iniciou aos meus 35, no dia 18 de fevereiro de 2014 (com um sarau comemorativo em que fui muito feliz compartilhando minhas poesias e recebendo o talento de tantos amigos) e se finalizou no dia 17 fevereiro de 2015, eu vivi muita coisa: muitos retiros; muitos contatos com o silêncio e comigo mesma; eu consegui um editora para publicar meu primeiro romance (um projeto antigo que tenho sonhado há quase 30 anos!); eu iniciei um processo de transformação da escola que sempre foi minha mas que eu ainda não tinha conquistado; eu experimentei o que é ter um guru, um mestre espiritual, uma guiança de luz e amor infinitos... Eu compreendi tantas coisas de que nem fazia ideia!
Eu reconheci meus dons e meus talentos, que são as ferramentas que tenho para fazer o que eu vim fazer nesta vida. E à partir deste contato interno eu me conectei com todos ao meu redor, eu reconheci o talento das pessoas e a riqueza de tê-las comigo. 
Não há como perceber a si mesmo sem que se perceba os outros. E também não há como perceber os outros sem se perceber. 
Até que, por lampejos de consciência, eu concluo, em alguns instantes da minha existência, que "os outros" são também uma manifestação, uma criação minha, da minha vida, pelo menos esta forma de vê-los e percebê-los é uma expressão do meu próprio ser, que nada mais é que um ser único e maior: a mesma árvore, a mesma floresta!

É, meu Deus, tenho florescido! Obrigada!

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Inhotim

A de amarelo sou eu, caminhando por uma das lindas obras de #Inhotim, um enorme jardim botânico (140 hectares, só ontem, sem perceber, andei mais de 10 km, mas há também a opção de fazer o passeio em carrinhos) e museu a céu aberto, repleto de galerias de artistas brasileiros e internacionais. A cada galeria temos uma surpresa. Um banho de beleza e criatividade. Passear pelo parque é ser arrebatado pela natureza (paisagens exuberantes, flores e árvores) e pela arte (às vezes convidativa e surpreendente, às vezes delicada e emocionante). Estou amando!
A obra que aparece na foto é de John Ahearn e seu parceiro Rigoberto Torres. É um mural todo esculpido e resultado de uma imersão dos artistas em #Brumadinho, cidade onde está instalado Inhotim, para conhecer seus personagens reais “invisíveis”, mas que sustentam a cultura local com suas vidas, e, assim, retratá-los com sensibilidade, neste processo comum na trajetória dos artistas. 


Fotógrafo: Paulo Campregher
#mg #minasgerais #jeitinhomineiro

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Contemplo




Quero agradecer suas bênçãos, seu amor, quero agradecer porque viajo para a Índia (apenas em espírito) sendo levada em seu coração. 


Talvez eu ainda não seja digna disso tudo... Mas eu não sei de nada. É você, grandioso e eterno, quem sabe. É seu canto e sua luz que não se encerram, sua força e seu olhar potentes e belos que desvendam o universo. A sua presença se expande, e eu, miúda como um grão de areia, contemplo a grandeza do meu coração no seu. 🙏🏻❤️ #sriprembaba #prembaba #devoção #amor #alinenaíndia