quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Biópsia

Biópsia é uma palavra feia.
Biópsia agride, assusta

Biópsia é uma palavra sem afeto,
Uma palavra chão.

Biópsia é uma palavra medo.
Uma palavra não.

Biópsia é complicado...

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

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Pureza: espaço inalcançável de extrema beleza. Incerteza: espaço de emoções impuras.Tereza: nome da minha tia. Surpresa: inerente a literatura  


#tuiteratura

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Lampejo de esperança

Sinto sua falta e ela é doce e gelada
E quente e súbita

Sinto uma pedra repousando em meu coração
E espero o tempo certo para que crie asas
E voe ao seu encontro.

Sinto um lampejo de esperança
Que revê o futuro sem as lágrimas do ontem

Você encanta meu riso
E faz cantar meu sentimento
E este canto soa como guizos
Que preenchem de alegria este momento

Ainda espero como esperei tanto
E tanto tempo
Ainda estou aqui contida em minha própria espera
Desprovida do espanto
E do contentamento...

Hei de buscar cada memória ensolarada
E construir com tijolos, cimento e amor
Uma nova morada para o que sinto

Porque o que sinto não cabe mais em mim.

9:23 AM - 3/5/2009

Eco do silêncio


Esta noite ouvi o eco do teu silêncio
Senti o vácuo do teu hálito
A ausência do teu abraço
 
Senti o que quero sentir sempre
Se o meu corpo permitir
E minha pele suportar
 
Senti, sonhando que também sentisse algo
Mas a distância me impede tocar-te
E me permite chegar-te só com os dedos do sonho
Mas só as pontas dos dedos...
 
Meus lábios comprimidos desejam encontrar os seus
No encaixe que somente a peça certa preenche o vazio
 
Eu poderia te escrever os mais belos poemas
E as mais lindas palavras
Mas tampouco consigo
Com esta falta que me consome o âmago e a casca
 
Vejo você em lugares que você não está
E sonho sua presença
Com os olhos da minh'alma
 
17:17 - 30-04- 2009

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Enigma

Eu preciso escrever uma história,
uma ideia,
como se houvesse algo sussurrado e inaudível
que eu precisasse alcançar.

Preciso decifrar os sons,
compreender os mistérios,
estar alerta para qualquer coisa que possa ser dita
ou que esteja calada
por fraqueza da vontade
ou por excesso de intensidade
que não me permita captar.

Há forças que me movem e que desconheço...
Sou meu próprio enigma
Como uma esfinge disposta a devorar-se
(Decifro-me ou devoro-me)

E como me parece impossível decifrar
Tenho me alimentado de mim mesma
(Em um processo de nutrição pela palavra)



terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Frascos de vida

Por que essa mania de dividir a vida em frascos?
A vida não cabe neles, nem corresponde aos rótulos.

De que substância é feita a vida?
É fluída?
É sólida?

A vida é tecida por mãos invisíveis.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Sono

O sono rasga meu olhar,
A esfera vira um risco de pálpebras que se magnetizam.
Abraçam-se os cílios...
Eu, sem abraços, durmo.
Leve-me, sono!
Para que sonhar não seja breve.
Para que viver seja mais leve.
Leve-me!

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Cabelo branco

Escrevo por humanidade
Dizeres escritos sem destino
Escrevo mentiras como se fossem verdades
E desapego de palavras quandos as ilumino.

Reúno versos, linhas e rimas
Descrevo os instantes... Crio fascínios!

De minha cabeça nascem fios brancos de cabelo crespo
Não tenho vontade de esconder.

Já há tanta falsidade no mundo...

Eu no mundo

Quem sou eu no mundo depende mais de mim do que do mundo.
Quem sou eu no mundo depende mais do mundo do que de mim.
O mundo e eu, ou eu e o mundo, somos entidades misturadas.

Silêncios

A poesia é feita mais de silêncios do que de repetições.

Sobre a minha paixão pela moda

Preciso escolher como vestir a minha alma
Que nomes usarei para contá-la?
As roupas que comprei, trajes de pano, sem significado
Arames pendurados como bijuteria
Só posso ter perdido meu tempo com o look errado...
Agora o tempo tem se perdido de mim.

Passarinho

Ele sempre me pergunta:
– Amor, o que você é?
Algum passarinho,
para acordar assim tão cedo e sair de fininho?

– Eu, quando acordo, nem vejo ou sinto
Eu só te beijo, mesmo dormindo.

Tempo

O tempo é um cálice derramando todo o líquido do mundo em um transbordar sem fim.
Eu temo morrer afogada...

O tempo é um alarme ensurdecedor.
Eu temo amanhecer surda.