quarta-feira, 24 de abril de 2019
36a carta para minha filha
quarta-feira, 6 de março de 2019
35a Carta para minha filha
Julgar
domingo, 3 de março de 2019
34a CARTA PARA MINHA FILHA
Eu e seu pai não somos as pessoas mais disciplinadas e só agora, depois de 6 meses você dormiu às 9 da noite pela primeira vez. Faz aproximadamente um mês que você começou a dormir “naturalmente” cada vez mais cedo. Naturalmente porque até tentamos fazê-la dormir, abaixávamos a luz da casa, levávamos você para o quarto, seu pai tocava e cantava canções de ninar. Você mamava e ficávamos, eu e você, no meu colo, ora mamando de olhos fechados, ora dormindo, acordando pra mamar… E eu tentando colocar você no bercinho, mas isso te fazia acordar e nosso ritual recomeçava. Isso levava 3 horas no início, depois duas horas, depois uma hora e meia. E hoje, pela primeira vez apenas uma hora. Depois de mais de 6 meses. Houve um momento que você quase acordou, chegou a se virar sorrindo para o seu pai. Aquele sorriso que convida para brincar ou te abraçar. É sempre difícil resistir. E também difícil decifrar o que pode ser feito. Só hoje eu compreendi. Falei baixinho para o seu pai fechar um pouco a porta, bloqueando ainda mais e entrada de luz de fora do quarto, coloquei você no meu peito e passei meus dedos ternamente em seus olhos. Aos poucos seu sono foi voltando. As pálpebras foram se entregando devagar. Então você dormiu, ensinando-me um pouco mais sobre si mesma, sobre como lidar com você.
Aconteceu o inesperado. Pela primeira vez nesses 6 meses eu e seu pai a deixamos no quarto para assistirmos um filme. Fomos diversas vezes interrompidos pela nossa ansiedade, saudade e estranhamento por você estar dormindo tanto sem nós. Visitamos o quarto escuro, acendemos a lanterna do celular para observarmos seu semblante doce. Isso se repetiu algumas vezes.
O filme que escolhemos tem um nome muito propício “Nasce uma estrela” e em uma das cenas mais bonitas para mim o protagonista masculino aconselha a protagonista feminina a dizer o que tem a dizer, porque não somos ouvidos para sempre. Quando somos ouvidos precisamos dizer. Ele se referia ao sucesso da personagem. Mas eu penso que isso vale para nossas vidas. Na perspectiva de idade do nosso planeta, nossa vida é muito breve, como um sopro. Eu quero que você possa viver a sua, meu amor, expressando a verdade do seu coração, ciente de que esse espaço entre o nosso nascimento e a nossa morte é como o intervalo de um discurso. Precisamos viver nossas vidas fazendo o NOSSO discurso. Ninguém pode viver a nossa vida por nós. Ninguém pode dizer as nossas palavras. Só nós mesmos!!! Só você mesma.
sexta-feira, 1 de março de 2019
33a carta para minha filha
32a carta para minha filha
31a Carta para minha filha
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019
30a Carta para minha filha
30a CARTA PARA MINHA FILHA
Somos duas apaixonadas pelo mundo. O que existe ali fora? Como posso interagir com as pessoas? Eu tenho tanto a dizer... Tanto a contar. O que eu sinto, o que eu vejo, eu não venho desse mundo, mas eu amo esse mundo, e porque amo é como se esse mundo fosse meu. Eu quero viver. Estou cheia de olhar pras paredes do meu quarto, da minha casa, de ver só o mesmo rosto. Também quero saber desta que me interpela pelo espelho, que me sorri quando eu rio. Essa outra que ainda não sei que sou. Sou eu. Sempre eu. Esse mundo em volta que eu vejo, percebo e recebo como a mim mesma. O mundo. Também sou eu. Também é ela. O mundo. Aquele de onde saí, escuro, pequeno, quente. A claridade entra pela janela. Eu sigo a luz. Eu saio. Foi o que fiz na primeira vez. Eu quero sair e ver o que há lá fora.
Eu tenho muitas coisas pra contar. E muito mais pra viver. Filha, essa carta também poderia ter sido escrita por você!
29a CARTA PARA MINHA FILHA
sexta-feira, 4 de janeiro de 2019
Réveillon
Já faz 9 anos que passo o Réveillon na casa da minha cunhada @mariliacampregher
Já fizemos 9 rituais diferentes, sempre tentando elevar a consciência para que este símbolo de passagem do ano possa ser aproveitado da melhor forma. Desta vez, antes da meia-noite cada um escreveu o que queria deixar em 2018, em outras palavras do que queria se desapegar para seguir livre daquilo em 2019. Em seguida jogávamos o papel na fogueira.
É curioso observar, em momentos assim, que podemos estar apegados à coisas que não queremos mais.
Pra mim foi bem difícil jogar fora a gula, pois eu estava com a cabeça nas sobremesas da ceia, que eu, praticamente, só como neste dia do ano.
Percebi que a gula me dá um bocado de prazer e achei que me livrar dela seria perder um pedaço “gostoso” da vida. Então lembrei de algo que aprendi em uma live do Dr. @italomarsili . As virtudes humanas estão emaranhadas como teias. Não adianta querer no ano-novo uma virtude que te exija um esforço radical. Isso só vai te fazer fracassar e achar que não consegue nada. Ao passo que se você escolhe trabalhar uma virtude mais possível pra você ela se ergue e vai puxando para o alto, como uma rede, teia, todas as outras virtudes. Então escolhi outra coisa em que vou focar neste ano. Na verdade desapegar, mas é algo que também pode ser trabalhoso, mas ao qual eu já me sinto mais aberta.
E vocês? Fazem rituais de passagem no ano-novo também?
#ritualdeanonovo #ritualdereveillon #ritualdepassagem
Após ser mãe
Hoje estava contando no stories que a maternidade é como nascer de novo. Nós mães, temos isso em comum com nossos bebês, a oportunidade de fazer tudo de novo pela primeira vez, bem diferente de antes. E é tudo mesmo, principalmente as atividades que resolvemos, ou temos que, fazer sozinhas com o/a bebê. Tomar banho. Alimentar-se. Ir ao banheiro. Sair de casa. Tudo que é simples fica novo e precisa de alguma artimanha para ser feito sem comprometer a segurança e conforto da criança. Afinal nos tornamos coadjuvantes da nossa própria vida. Cada passo é uma conquista. A autoestima fica renovada.
Quando os bebês nascem sentimos que nunca mais conseguiremos fazer umas série de coisas sem ajuda (com vocês também foi assim?), mas aos poucos vamos encontrando nossa força e autonomia.
A foto no provador é só um registro da minha alegria de conseguir me virar com ela, amamentando no provador e escolhendo roupas com preços promocionais (algo que sempre curti fazer). Existe vida após a maternidade. rsrs
#maternidadeconsciente #maternidadecomamor #maternagem #mãe
Dia da Doula
Estou há meses preparando um post para contar a nossa jornada para a chegada da Nina. Estou quebrando o silêncio sobre como foi o parto para homenagear a nossa doula @madhuri_oficial porque hoje é dia da doula. Tiramos esta foto depois de mais de 12 horas juntos. Aliás não fiz as contas direito. Mas foi no mínimo por aí. Foram várias fases do trabalho de parto e esta foi uma das lições que aprendi com a Madhuri nas conversas que tivemos em encontros anteriores ao parto. Mas o que eu mais lembro de sua presença, naquela noite que atravessamos muito juntas, é de seu canto, evocando a minha luz feminina, e de seu olhar, que em alguns momentos foi o meu único norte, que me segurou no chão, viva e consciente de que eu não estava sozinha. Quando a dor chegava ela me dizia “olha pra mim” e de seu olhar arranquei força e abrigo e, acima disso, encontrei o meu próprio poder refletido ali naquele brilho. Obrigada por tudo, querida! Reverencio você e o que você faz. 🙏🏻🙏🏻🙏🏻💜💜💜