segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Pai aprendiz, pai ensinador

Meu pai era um homem "antigo" e conservador, criado no colégio interno, com formação religiosa católica, foi padre e seu histórico de vida justificava esse jeito de ser tradicional. Mas então vieram as filhas (eu e minhas irmãs) e toda a renovação que os filhos trazem à vida dos adultos. Ele ouvia, dava carinho, amava, ponderava. Mas "ouvir" era uma ação que acontecia integralmente. Ele, realmente, levava em consideração o que dizíamos, como pensávamos e que ideias nasciam de nós. 

Esta foto é uma recordação de 2007. Após ficar inspirada por um filme sobre os "Doutores da Alegria" falei para o meu pai que precisávamos fazer uma "palhaçada" com os alunos, colocando mais alegria no dia deles. Meu pai topou na hora, ele sempre topava quebrar os protocolos por propósitos que valessem a pena. Então, fomos, assim, com nariz de palhaço, visitar as salas de aula, falar um pouco sobre serviço, sobre servir (no caso estávamos servindo água, apenas como pretexto), sobre dignidade, alegria e amor. 
Meu pai era um parceiro incrível! Como ninguém, ele sabia descer de sua enorme sabedoria para ser um aprendiz e, humildemente, aprender algo comigo. Um de seus maiores legados foi me ensinar, com seu exemplo, que jamais aprendemos tudo, há sempre o que se enriquecer com outro ser humano. 
Aprendi muito com ele, sobretudo, aprendi que poderei aprender sempre!

domingo, 15 de novembro de 2015

Jornada

Viver é uma jornada, às vezes estamos seguindo, às vezes somos seguidos, nunca estamos sós, mesmo quando as pedras são tudo que vemos. Para atravessar os rios são justamente as pedras que nos levam à outra margem. Pelos caminhos elas podem atrapalhar os passos convertendo-os em tropeços, no entanto são só passagens. Mais uma entre tantas que tivemos, entre tantas que teremos. Vida que segue, jornada que renasce. 

(Foto da Chapada do Veadeiros)

Admirando e aprendendo

Faz um minutinho que encontrei esta foto na internet (no blog do Barro, que se você não sabe o que é pode procurar ou me perguntar) e a legenda era algo como "Parece um editorial de moda, mas é só Adelita, Guto e Amora se divertindo em um dia normal", não era bem isso, mas isso também vale. Fiquei com vontade de publicar porque achei a foto linda. Porque mesmo tendo trabalhado com educação a vida toda eu continuo me achando uma aprendiz. Aprendo com a experiência da maternidade vivida intensamente por minha irmã e sei que isso me faz uma educadora mais potente, mais consciente, que respeita e conhece mais as opções que o senso comum oculta. Tem tantas formas de educar, de ser mãe e pai, tem, provavelmente, um jeito só seu. E eu, que ainda não tenho filhos, vou descobrindo com o olhar (e com o coração) a mãe que eu poderia ser, presenciando essa mãe que admiro tanto. ❤️ @adelitaahmad