quarta-feira, 18 de março de 2015

Índia e um lampejo do terceiro dia

A Índia entrou no meu coração aos poucos. Não só por esta experiência local, mas pelo sonho que se criou em mim no últimos anos. Percebi que um pedaço deste país morava no meu peito, como uma semente fincando raízes por ter sido jogada muito longe de seu habitat, mas uma semente legítima, indiana, que me permitiu adoçar o paladar para sentir o gosto picante da vida em pura gratidão e prazer. Uma experiência assim só se descreve com poesia para que se mantenha mais mágica que as palavras, para que se perpetue suspensa no povoado das sutilezas que silenciam a mente e deslumbram a alma. 
Meu marido aprendeu na escola, com um professor, que a poesia é a única forma de se dizer aquilo que a poesia diz. Contrario este pensamento, a minha poesia é a única forma de não dizer (e não dizer é dizer tanto) para perambular pelas ausências de significado. (Que se deduza a verdade do dito e do não dito). 
A realidade é intocável pelas palavras, a poesia somente a sonha de um jeito mais belo. 
Mas o que eu ia dizer ao começar esse texto eu nem cheguei perto de revelar... Talvez por isso esteja completamente expresso aqui. 
O Taj Mahal ao fundo, nesta foto, no Forte de Agra é uma degustação da beleza das próximas fotos, a do meu terceiro dia na Índia. 

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