segunda-feira, 15 de julho de 2013

Flip (diário - post 5)

Francisco Bosco (ao fundo) e Lila Azam Zanganeh, na sessão de autógrafos após suas falas
Vivemos no território da errância. 

Eu disse que seria mais decidida, mas não contava com o destino que iria me aplacar levantando suas asas e me acolhendo para um novo vôo.

Saí mais cedo da pousada conforme os compromisso que eu havia me proposto mas quando cheguei em frente a tenda dos autores não havia fila, estava quase vazia, só por curiosidade resolvi olhar qual seria a próxima mesa. O tema era "O prazer do texto" com os escritores Francisco Bosco e a franco-iraniana Lila Azam Zanganeh. Eu tinha visto umas fotos da Lila na noite anterior, o que já tinha incitado a minha inveja por sua exótica beleza, depois li que ela falava fluentemente 6 línguas e tinha sido professora de Harvard aos 23. "Decididamente" uma mulher invejável! 

A inveja consome sangue e suor. Muitas vezes invejo pessoas que me inspiram, aumento meu leque de referências, Lila tinha todo esse potencial e eu estava curiosa para conhecê-la melhor, conferir sua fala e esmiuçar se ela não teria algum defeito que a fizesse um pouco mais "mortal" ou próxima do que sou, porque eu estava a ponto de colocá-la sobre um pedestal de bronze pela quantidades de características admiráveis em um única pessoa. Pensei "o Pondé já assisti tantas vezes e tantas outras poderei conferir pela internet..." e, sobretudo, pensei: "será que ela é tão bonita como na foto?", a minha curiosidade e a minha inveja foram as grandes responsáveis pela escolha, unidas `a minha intuição. Comprei o ingresso.

A tenda dos autores tem uma beleza que reúne qualidade de iluminação, cores, cenografia e som. Tudo, banhado pelo meu olhar de encantamento, parecia ficar reluzente. Era gostoso estar sentada ali diante do cenário e imaginar uma vida acontecendo, a minha própria!
(continua)

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