quarta-feira, 10 de julho de 2013

Flip (diário - post 4)

Foto da praça, ao fundo a tenda da Flipinha com programação infantil
Depois de assistir `a duas mesas eu estava ainda um pouco confusa com a alegria e com a falta de preparo emocional para aquela experiência. Receber um saber é algo que necessita de uma certa pureza de espírito e de uma abertura, ao mesmo tempo, involuntária e intencional. 

Saí passeando em direção ao mar. A tenda do telão tinha o encontro do rio Perequê-açu com o mar ao fundo. O sol estava na sua última hora de luz e o vento que inaugurava a noite já se fazia sentir. Fotografei algumas imagens. Vi um artista de rua segurando  um cardápio de poemas a serem recitados por apenas um real, vi pessoas sentadas olhando a paisagem e me senti muito parte daquele instante. Fazia um bocado que eu tinha chegado a Paraty, mas naquela hora Paraty estava chegando a mim, adentrando mesmo...

Andei pelas vielas de pedra, vi a Casa Folha (espaço do jornal Folha de São Paulo), o Instituto Moreira Salles, cruzei com rostos conhecidos da TV, Marina Person, Manoel da Costa Pinto, do Entrelinhas, da TV Cultura. Por duas vezes passei pelo filósofo Luiz Felipe Pondé de mãos dadas com a esposa que tentava se equilibrar na aventura que é para as almas femininas andar por aquele piso tão rudimentar. Assim decidi que no dia seguinte faria diferente. São tantas coisas acontecendo em Paraty ao mesmo tempo! Muito eventos paralelos, é impossível participar de tudo, por isso tão necessário se programar e escolher o melhor. 

Comi uma empanada de camarão perto da praça, em uma banca de rua, e voltei para pousada caminhando, decidida a ser mais decidida. Planejei que no dia seguinte renunciaria aos eventos oficias da Flip para ver o Pondé na Casa Folha, pela manhã, e o Ferreira Gullar, também lá, `a tarde.

(continua)

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