Lágrimas misturadas ao feijão.
Submissão. Submissão.
Mas, também riso, como tempero
Amor, café coado,
Bolo de aniversário.
Olha, filha, pra você quero outra vida.
Aprende não a cozinhar,
Vá ser princesa.
Mas no palácio dos anos futuros
Em que a aristocracia mora uma sobre a outra,
E que o castelo vizinho é repleto de cômodos-cubículos
Divide-se o transporte que economiza a escada
E quem não se vira na cozinha
Come miojo ou terceiriza a arte de fabricar delícias
Com grãos e ervas que boas mãos
transformam em cheirosa comida.
Ah, que vida de princesa mais desnutrida de sentido!
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