quarta-feira, 29 de julho de 2015

Imagem e mil palavras

"Nós nos amamos muito e amamos a filha que criamos juntos. Temos uma moto e nossos corpos para apoiar a bicicleta que acabamos de comprar, com todo amor, para o aniversário de 10 anos da nossa herdeira. Em um dia distante, esperamos, ela herdará de nós não a bicicleta, tão pouco a moto, mas o amor, esse que nos incendeia de vontade de fazer o outro feliz. E a nossa alegria, não em comprar a bicicleta, nem em trazê-la, mas em vê-la aprender a andar, caindo, levantando e sorrindo com a conquista de superar sempre um pouco mais a si mesma".
(Tudo isso enxerguei quando fotografei esta cena)

terça-feira, 28 de julho de 2015

O herói de mil faces - Joseph Campbell

Somos bombardeados o tempo todo com tantas incríveis informações.
Resolvi há algum tempo compartilhar no blog não só que escrevo, mas também o que leio, o que vejo, o que me interpela e me provoca.
Artifício também de colecionadora. Diante de tantas belezas que a internet dispõe, aqui vão ficar as minhas escolhas. Uma curadoria do que vejo de mais interessante.

Como um exemplo este vídeo:




Infelizmente só encontrei sem legendas mas achei um incrível resumo sobre o estudo de Joseph Campbell, acerca da "Jornada do Herói"

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Amar em 4 letras

Um "eu te amo" calado. 
Amar é estar atento. É ter duas cores do olhar, uma que diz sem palavras, outra que cala e acolhe. 
Amar não são 4 letras, nem 4 atitudes. Amar são 4 silêncios, 4 intervalos de vida (em que cabem a vida toda), 4 suspiros, 4 pulsações cardíacas. Nesse espaço de apenas 4 tempos é possível amar e ser amado, para sempre. 

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Três minutos

Escrito por um amigo muito lúcido acerca da diminuição do limite de velocidade nas Marginais em São Paulo:
"Três minutos. 
Estamos todos correndo demais. Correndo com tudo, como se fosse necessário sempre correr. Cada dia mais intolerantes com a espera, perdendo a paciência com facilidade, pensando pouco na importância de desacelerarmos esse ritmo inadequado que tomou conta de nossas vidas.
O grau de desconforto causado pela redução da velocidade nas marginais é um exemplo claro disso. 
Em qualquer trajeto que fizermos, em qualquer uma das pistas, levaremos, em média, 3 minutos a mais do que costumávamos, considerando-se um percurso de tráfego totalmente livre (coisa rara nas marginais). Se formos da ponte do Piqueri à Eusébio Matoso pela expressa, ou à Casa Verde pela local, em ambos os casos levaremos 3 minutos a mais do que levávamos antes.
Três minutos. Não mais do que isso. A não ser, claro, que as vias estejam entupidas, coisa que pouco depende de velocidade e, muito mais, da quantidade de veículos disputando um mesmo espaço. Aí, a espera vira aquela incógnita de sempre.
O que observo é que uma medida como essa, que "rouba" três preciosos minutos de nossa agitada vida, torna-se alvo de ataques aparentemente óbvios, dado o grau de insatisfação geral da nação com tudo e todos. "Esse governo, que já me mata com impostos, insegurança e falta de transporte público adequado, ainda quer restringir meu direito de chegar 3 minutos antes no meu destino?". 
Não era só pelos 20 centavos e, agora, certamente dirão que não é só pelos 3 minutos. Questiono, entretanto, se a queixa advém, verdadeiramente, de uma preocupação com o bem comum, defensável com argumentos lógicos, ou por mais uma reivindicação individualista e ranzinza de cidadãos que não admitem desacelerar um pouco e assumir que podem, sim, esperar 3 minutos pra chegar onde desejam caso queiram usufruir daquele espaço comum por onde outros cidadãos igualmente apressados também precisam passar, especialmente se a proposta é favorecer a segurança. 
Claro que, em nossa tradição paranoica, a medida é vista como uma manobra maquiavélica para arrecadação de multas. "Segurança? Que nada! Eles querem é dinheiro!". Confesso que o bom senso me faz pensar preferivelmente que não existe uma indústria das multas e, sim, uma indústria da desobediência, da pressa, da desatenção, do pezinho nervoso no acelerador que rende milhões de reais aos órgãos de trânsito. A regra é simples: obedeça à sinalização e você não será punido. 
Acredito que temos reivindicado muito e nos dedicado pouco, recusado a todo custo qualquer sacrifício ou esforço e ficado na condição de vítimas o tempo todo. Estamos tão irritados com tudo, que qualquer coisa que exija algum empenho do cidadão e coloque um novo limite é severamente rechaçado. Vide as ciclovias. Vide agora, essa redução de velocidade nas marginais. Vide os próximos capítulos dessa novela que é o progresso da mobilidade urbana em constante choque com os interesses individuais e setoriais.
Se você não concorda comigo, peço desculpas por tomar esses 3 minutos do seu tempo, que poderia ter sido melhor aproveitado fazendo um miojo. Apenas convido você a repensar seu ritmo de vida, as concessões que você aceita fazer ou o quão irritável fica o seu humor quando alguém lhe diz "não, você não pode ultrapassar este limite". Pense nisso. Sem pressa." (Cezar Siqueira)

Uma pérola de Dominic Barter

Um texto chocante que revê todos os padrões instituídos sobre o que somos, quem somos, o que não somos, quem não somos, o meu, o seu, o nosso. Algo profundo sobre ter e ser. Sobre reconhecer-se, observar-se, não perder a si mesmo, ter apenas si mesmo. E com isso tudo e todos. E ser também de tudo e de todos, além de si mesmo.


"Fui assaltado agora pouco, por três pivetes, que levaram minha bicicleta.

Zera. Começo de novo.
Alguns minutos atras parei a bicicleta e logo três pessoas, de uns 13 a 16 anos, estiveram tão perto de estar me apertando, mãos na bicicleta e todos falando juntos, ‘me dá, me dá, deixa eu, vou pegar tio….’
Noto como, de surpresa, a longa viagem de volta para a tranquilidade com o mundo chegou num ponto em que continuo segurando o que chamo ‘minha’ - ou seja, resisto - mas sem o estresse da ideia de posse. É como se meus músculos seguissem uma lógica bem enraizada, enquanto meu olhar já procura outra.
Esse estado criou um impasse, que nos providenciou uma pausa. E na pausa, podíamos conversar. Quatro cadeias musculares puxando em direções diferentes, formando um equilíbrio tenso mas estranhamente estável. Dentro do qual as palavras fariam a diferença.
Vi que ninguém procurou meu olhar direto. Levou um tempo e uma mudança de tom de voz minha, e uma leve desaceleração no ritmo das palavras, para gerar a curiosidade, e talvez a segurança, para a mais nova levantar sua cabeça para me encontrar. Todo o clima mudou naquele instante - todos nós perdemos 10% da tensão.
Nesta pausa dentro da pausa eu achei a primeira pergunta: “Mas não é que queriam passear um pouco com a bicicleta?” Tempo para considerar. Ocorreu-me que talvez o que queriam mesmo - neste caso, naquela hora - não teve antes tempo para ser visto, como não teve para mim. Estávamos para descobrir. Agora estávamos de 8 mãos na bicicleta, mãos firmes mas nenhuma puxando.
Outra pergunta, seguindo o silencio depois da primeira, que ouvi como uma disposição de considerar que talvez sim, passear seria legal, “Vocês podiam fazer uma volta aqui, cada um, e depois eu continuo.” Meu tom pretende um silencio “Que tal?” no final da frase. “Fazer uma volta e devolver nas minhas mãos”. Outro “que tal?” embutido na inflexão da voz.
Mais contato de olho. “Tio, tem água?”. Eu solto a bicicleta e sento para abrir meu bolso e dividimos os quatro a água. Noto as limões nas mãos, para fazer malabarismo no sinal/semáforo perto. Noto três colegas ou irmãos, trabalhando entre os carros. Noto o cuidado com que limpam o bico da garrafa, um cobrindo com a camisa e assim filtrando o que bebe. Algo nisso me toca. Gosto do que consigo ver como semelhante. Gosto ainda mais do que admiro.
Saem para dar uma volta, sem mais falas além do silencioso reconhecimento mútuo no passar da água e a volta da garrafa para mim. A ‘volta’ é bem maior do que imaginei. Logo nem vejo o ciclista, e quem corre junto. Leva vários minutos até a primeira troca, que acontece quase no limite do meu olhar. E ai, enquanto assisto, noto que continuo assistindo o que é 'minha', e que isso é tangível pela tensão no meu corpo. Desisto disso.
Agora assisto ainda, agora para aquilo para o qual sou responsável. Ideia com que compactuo, pois a bicicleta em questão não é só ‘minha’, mas também é. Porém ideia que - como esse texto em vários momentos - não sabe largar a divisão ‘eu’ e ‘eles’. E assisto igualmente o perigo, de vidas jovens tão perto de carros em velocidade, numa bicicleta desproporcionalmente grande e pesada.
Converso com quem estava antes entre os carros enquanto assistimos o malabarismo. Ele quer saber da bicicleta. Falo como não tenho pressa e, enquanto falo, noto que não tenho mesmo. Só não quero que travem a bicicleta, pois não terei como destravar depois e continuar.
E, lá atrás, cresce os pensamentos que não são minhas - nem o som da voz deles é minha - e que me falam que aqui tem perigo. Que é assim - com esse engano de que você está se relacionando - que as pessoas se encrencam. Anos de desconsiderar estes discursos, e da vantagem de ser ‘outro’, e agora não sou mais tão outro, e assim as vozes entram pela porta dessa identificação, e perturbam. E eu sinto o desapontamento sem fundo, uma caída sem fim, de ser sujeito a qualquer lógica que me separa do humano, do outro, do encontro, de mim, enfim do nós, querendo tao intensamente de acontecer a cada instante e sendo tão esmagadoramente rejeitado. E carrego esse desapontamento, viro e vou embora, sem mais falar.
Caminho para caminhar. Não estou tenso. Só sério. Tomo café ali perto. E noto que estou olhando com uma mansa curiosidade para este medo - que 'minha' é e não é - e que isso, esse aconchego íntimo, com as ideias que mais nos viciam, é o retorno ao contato. Então volto a eles, tendo voltado a mim, e - agora escuro - a pracinha do sinal está vazia de gente.
E lá no meio, está a bicicleta. Com aquilo que trava ela colocado espertamente para fingir que está segurado, mas solto.
Fui encontrar, agora pouco, com três pessoas, e dividimos uma bicicleta." (Dominic Barter)

A moral para Rudolf Steiner

"Se dermos às crianças preceitos definidos em forma conceitual, obrigando-as a chegar à moralidade na forma de ideias, surge a antipatia; o organismo interior do homem defende-se de preceitos morais abstratos ou mandamentos, ele se opõe a eles. Mas eu posso incentivar a criança a formar seus próprios sentimentos morais diretamente da vida, do sentir, do exemplo e, posteriormente, levá-la para o estágio catabólico: levá-la a formular princípios morais como um ser autônomo livre. Neste caso, eu estou ajudando-a em uma atividade que beneficia todo o seu ser. Assim, se eu der a uma criança preceitos morais faço dessa moralidade algo desagradável, repugnante, para ela e esse fato desempenha um papel importante na vida social moderna. Você não tem ideia do quanto os seres humanos têm sentido aversão a alguns dos mais belos, nobres e majestosos impulsos morais do homem, porque têm sido apresentados a eles na forma de preceitos, sob a forma de ideias intelectuais." (Rudolf Steiner)

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Autoconhecimento na política


Segue trecho de um post que escrevi no facebook em 17 de julho de 2014:
"Queria te contar antes o meu sentimento com relação à política, que começa com o meu entendimento sobre mim mesma e sobre o mundo. Tudo que tenho estudado desde que conheci o Prem Baba é o autoconhecimento, é conhecer a mim mesma, sobretudo minha "sombra", máscaras, etc. A psicologia estuda muito isso, Jung usava o termo "sombra", Prem Baba costuma chamar de "eu inferior" que é aquela parte nossa que toma conta de nós quando por exemplo resolvemos comer um doce quando estamos de dieta, ou trairmos uma pessoa que amamos, ou quando nos sentimos superiores (ou inferiores) em relação ao outro, etc. Quando passei a me conhecer e a reconhecer a minha sombra, percebi, olhando para trás, o quanto eu era inconsciente sobre minhas próprias atitudes. Isso não é novo, Freud já nos trouxe esse conhecimento, de que somos guiados pelo nosso inconsciente, que é ele quem decide por nós. Eu diria que somos guiados por nosso ego, por uma vontade de sermos amados e reconhecidos, por muita vaidade e orgulho (e a maior parte das pessoas não tem consciência disso). Essas motivações para seguir uma carreira, ou desenvolver-se profissionalmente, (querendo ser famoso, amado, reconhecido) são motivações falsas, não são os verdadeiros motivos que nos trouxeram para este planeta. Acredito que temos uma missão e precisamos estar fortemente ligados a ela e ao serviço que queremos prestar nesta vida.

(…) Passei a acreditar que o autoconhecimento é fundamental para qualquer profissão, mas sobretudo para os líderes que vão nos governar (tenho para mim que estes são os segundos a mais precisarem se autoconhecer, os primeiros são os professores, pois formam todas as outras profissões, inclusive os líderes políticos e, mais que eles ainda, os pais, de todas as crianças, pois é na infância que "máscara" e "eu inferior" são forjados). Então eu estava desesperançosa com a política por sentir os políticos muito desconectados deles mesmos (que nada mais é que ser desconectado do Deus que existe em nós, mas que para ser revelado exige de nós passar por estas camadas negativas, reconhecê-las, enxergá-las), por sentir os políticos agindo no "eu inferior" querendo se autopromover, preocupados com a imagem de si mesmos, competitivos, com pouca consciência sobre o coletivo.
Então lá na terça-feira conhecemos algumas pessoas que tem trabalhado no sentido de renovar toda essa mancha de corrupção estagnada nos poderes governantes da sociedade e eles também acreditam que para isso é fundamental que se crie uma rede de autoconhecimento, que os líderes sejam preparados e apoiados por um grupo de pessoas e, assim, compromissados consigo mesmos e com uma agenda a ser seguida e cumprida no congresso. A ideia é tão bonita que me soa quase mágica. Na prática é o seguinte: um grupo de apaixonados por política tem se reunido há 4 anos mensalmente e tem estudado soluções para o nosso país. Um consultor avaliou que entre os 513 parlamentares do congresso apenas 80 são eficientes, portanto chegaram à conclusão de que se conseguissem eleger 10 candidatos comprometidos com a mesma agenda (que é um programa elaborado nesses anos pelo grupo com 10 questões principais ligadas à educação, segurança pública e um outro ponto que não me lembro agora) eles poderiam representar uma bancada de aliados, independentemente do partido, que trabalharia de forma coesa com o compromisso de cumprir aquela agenda e de procurar aliar outras pessoas. O processo de escolha desses candidatos, que serão apoiados financeiramente na campanha e também durante o mandato, se dá à partir de uma avaliação do que ele fez em mandatos anteriores, caso tenha, e também de um conhecimento mais profundo do candidato através de processos de autoconhecimento que ele passa/passará em grupo. Nesses processos a ideia é que esses 10 escolhidos criem fortes laços entre si, de mais amplo conhecimento humano um do outro e de si mesmos. Porque seja estejamos falando de líderes ou de liderados, estamos sempre falando de pessoas humanas e muitas vezes precisamos nos lembrar disso, porque é um conhecimento do qual nos distanciamos constantemente, principalmente em ambientes competitivos, como é a própria política. Somos tão humanos quanto o líder corrupto, quanto o cidadão omisso do exercício de sua própria cidadania, e quanto todos os papéis desempenhados em nossa sociedade, somos sempre igualmente imperfeitos e precisamos nos lembrar que quando falamos do outro, falamos de um igual, portanto falamos de nós mesmos.
Perceber que existem pessoas com esse tipo de consciência trabalhando para colocar essa luz nas lideranças políticas me deixou extremamente feliz, pois é uma esfera da sociedade tão carente quanto cada um de nós, porém com poderes muito maiores. Uma luz colocada ali pode iluminar muita gente e trazer esperança e claridade para imensuráveis distâncias, ao alcance de muitas pessoas. Que assim seja!!!"

terça-feira, 14 de julho de 2015

A pintura, de tão linda parece a natureza



Uma vez meu terapeuta me disse "Aline, você é uma pessoa muito mental, com a sua mente você nunca consegue ver a beleza. Você se depara com a beleza da natureza e o impacto é parecido com estar diante de uma tela, ou uma foto, você não sente a beleza viva, pois todas as sensações passam por sua mente". Aquilo fez todo sentido para mim. Lembro que fazíamos sessões de terapia usando o corpo e exercícios de respiração. No final da sessão eu sentia que meus pés, literalmente, tocavam mais o chão. Sentia também uma abertura na visão. Ele, então, costumava me apontar uma flor no centro da mesa, ou uma planta do jardim, para que eu aproveitasse aqueles instantes de presença para "ver" a beleza, ou sentir seu impacto diante de mim. Para isso é preciso silêncio, vazio... Na semana que ele me disse isso lembrei da expressão "tão bonito que parece uma pintura". Nós dizemos isso. Que a beleza natural parece uma pintura. Mas, não, dizer isso é loucura. São as pinturas belas que parecem a natureza real, mágica, viva, presente. Esta foto parece a natureza que vi no Parque Burle Marx neste final de semana. Parece, por isso é bela. A beleza pura não parece uma pintura, isso seria desmerecer a vida. Pois a arte está sempre em dívida. Viver é mais. O máximo da arte é nos permitir sentir isso. 

sexta-feira, 10 de julho de 2015

A arte de preencher vazios com vícios


Ontem foi assim...

Vim visitar minha cunhada, minha sobrinha de um mês, ver esse céu e ser feliz❤️❤️❤️

De um lado o preenchimento da vida. De outro o vazio do distante. 

Resultado = Estou muito viciada no snap. Quem também está?

O meu é: 👻ahmadaline 

#tentandopreencherosvazios
#tentandoaproximarseparações
#tentandoeliminardistancias

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Beleza espontânea



Há uma certa beleza na natureza que se completa com um olhar atento. 
Há uma exuberância espontânea que se mostra mesmo na ausência do olhar. 
Estou me contradizendo por conta de um olhar para dentro. 
A natureza está sempre completa. 
Quem não está sou eu, por isso preciso olhar. 

Amor antigo

Sempre fico tentando adivinhar a idade do amor nas rugas da humanidade. Fico encantada olhando o amor viver sem tempo e preenchido de histórias. Tive que fotografar essa cena de cumplicidade e doçura raras. Ainda existe amor, pensam os olhos tocados por esse encontro

Escrevi há 91 semanas, sobre esta foto:
https://instagram.com/p/fLmYNjSRqx/

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Nossas escolhas

A indústria industrializa nossos desejos, nossos pensamentos, mas não corrompe o nosso coração. Uma geração consciente vem por aí questionando tudo, se posicionando e nos fazendo refletir.

Eu não fui uma criança que gostava de tudo cor-de-rosa, eu não queria ser criança, me sentia discriminada e subestimada pelos adultos, então queria usar cores adultas e achava o rosa muito infantil. Cresci. Hoje a capa do meu computador é rosa, minha garrafa d'água é rosa, meu pijama é rosa, minha lapiseira é rosa… Cheguei `a conclusão que a indústria me pegou, colocou na forma o meu gosto, o meu olhar, a minha feminilidade. Tudo ficou rosa. Não há nada de mal nisso, mas a consciência sobre essas escolhas inconscientes nos permite fazer melhores escolhas, mesmo que sejam rosa.