domingo, 12 de abril de 2015

Minha irmã

Há as irmandades de sangue, mas não é só isso. Esta é uma irmandade de alma, um vínculo de origem mais profundo... 
Há pouco tempo me questionei, afinal, onde este vínculo nasceu, ou onde ele se fez forte e a memória me trouxe a cena. 
O escuro era aterrorizante. A idade era tenra e a noite misteriosa, eu ainda não sabia que podia sair viva desta morte que é o sono. Eu tinha somente uma cúmplice para atravessar o medo. Por isso dormíamos de mãos dadas e guardávamos nosso segredo. Quando o espanto viesse, quando eu me sentisse só no silêncio eu apertaria sua mão. A minha mão seria apertada de volta. Era o jeito de saber que eu não estava só naquela jornada até o dia amanhecer. Ela na cama mais baixa às vezes fazia o mesmo e eu prontamente respondia sem palavras apertando sua mão, assim caminhávamos juntas sem usar os corpos, somente a alma. Assim atravessávamos pântanos sombrios, nuvens de medo e pesadelos. 

Deza, porque você existe eu sei que jamais estarei só neste mundo. A vida com você é um vale sem solidão. 
Viva o seu dia, minha irmã, Andreza, Deza, minha querida, amada, maninha!!!
Que você saiba atravessar sozinha todos os desertos da sua existência, ciente de que uma mão a sustenta e a acompanha, uma mão da qual eu fui apenas expressão e canal, pois esta mão é a de todos as pessoas que a amparam amorosamente, e também das ausências dessas pessoas, pois até na ausência delas Deus, na forma do seu coração, te abraça e te ama. 💗💕
Você é seu maior dom!
Beijos com amor

Nenhum comentário: