13a Carta para minha filha
São tantas lindas fotos com você oculta na minha barriga. Esta, de um mês atrás, com 34 semanas (acho!), e já me sentindo explodindo. Mas a gente vai e se expande mais. Viver já é ultrapassar limites, “maternar” é mastigá-los, bebê-los, até se constituírem naquilo que somos.
Eu não tinha mais para onde crescer, mas você foi me impondo seu espaço, e toda mãe cresce por dentro o tamanho que se expande por fora.
Estou aprendendo a me amar. Amando mais meu corpo, que carrega você, filha. Amando a barriga que sempre evitei mostrar. Agora, com você dentro, é a parte mais linda de mim. Também é a que seu pai mais se orgulha, sabia?
Ele diz para os amigos, quando estamos juntos: “você viu a barriga da Aline?”, como se estivesse mostrando a filha. Ele sorri e ri enquanto conversa em voz doce com você todos os dias antes de dormir. Você sempre se mexia ao ouví-lo, mas agora tem ficado mais quietinha neste momento.
Esses dias, em uma meditação, vi você com aproximadamente um ano, saindo de uma luz e caminhando na minha direção. Tão linda! Usava um vestido azul escuro, parecia jeans, andava como se tivesse aprendido há pouco tempo e vinha na minha direção. A medida que você caminhava eu a amava e admirava cada vez mais. Vi alguns traços da sua beleza... Os cabelos eram negros e lisos (será que serão assim?) Será que vi você ou era apenas uma projeção?
Em breve nos veremos do lado de cá e em algum tempo terei certeza se vi sua alma caminhar ou apenas se meu coração a imaginou. 💜
#cartasparaminhafilha
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