21a Carta para minha filha
Quando o amor veio singelamente suspirar suas cantigas de vento em meus ouvidos/
Eu soube, não haveria espera que não te enviasse ao meu corpo/
Nem sonho que não te criasse em meu colo/
O amor vinha sussurrar seus nomes/
Pequeninos e imensos cristais de tocar com dedos delicadamente/
Jamais saberia escolher um para te representar.../
Verdes são as frutos nas árvores intocadas/
Você no ventre ainda imatura a amadurecer tua árvore de leite/
Beberás o leite como uma gotinha orvalhada da noite derradeira/
Sempre sedenta como uma flor no deserto/
Tua alma vem com histórias que vou contar, para que nosso canto nunca cesse/
Um canto feito de vozes, música, danças e doces/
Convertido em beijinhos na face rosada, ou lágrimas de sentir demais você/
Essa água não cabe mais em mim/
Choro meu amor, canto meu amor, nino meu amor no peito/
Uma menina, uma pétala, eu, seu pai: uma família/
Eu te nino, me-Nina, Nina o pai também/
Pois és preciosa e pequenina mas sua grandiosidade nos ensina/
O amor que não sentimos antes/
Guardado estava, pra você brincar.
#cartasparaminhafilha
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