domingo, 16 de abril de 2017

Os pensamentos e a presença

Se você encontra uma pessoa conhecida na rua e ela faz uma determinada cara quando te vê, você pensa: "Por que será que ela fez essa cara? Será que ela gosta de mim? Será que ela não gosta? Será que ela me acha feio? Será que ela gostou de ter me encontrado? Será que ela percebeu que eu não gosto dela?" Enfim, qualquer pensamento. Neste caso acontece tudo, menos um encontro verdadeiro de aceitação à pessoa, à vida e à si mesmo.
Em um relacionamento (de família, de amor, de amizade, etc) esses pensamentos podem ser ainda mais destruidores, porque eles não são reais e nos impedem de viver o momento, de viver o encontro, de realmente estar inteiro e receber o outro na sua inteireza particular em um processo de aceitação que envolve aceitar e amar a realidade do jeito que ela é, estando presente. É muito gostoso estar em contato com essa energia.
O aborrecimento, o ciúme, a raiva, etc., podem durar um segundo, são emoções fluídas como todas as outras (como os pensamentos) a ideia é aceitar essa emoção (ou esse pensamento) e deixar fluir sem se apegar. O sofrimento está no apego que temos à essas emoções e pensamentos venenosos... Se você se sente apegado a pensamentos ou emoções negativas é uma oportunidade para olhar para esse apego. Ou seja, ao invés de pensar: "esta pessoa está me traindo" escolher pensar "eu sou uma pessoa que se sente traída diante de tal situação". Ao invés de pensar  "que pessoa irritante!" escolher pensar "eu sou uma pessoa irritável". Ao invés de olhar para o outro olhar para si mesmo. Somos a única possibilidade de mudança que existe.
(Lembrança do que escrevi e postei no Facebook em 7/4/2014)

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