Dia 7 de dezembro, data que meu pai faleceu, comecei a escrever um texto sobre ele. Terminei só ontem, no dia do natal:
Faz 6 anos. Não foi uma perda, ele permanece comigo e através de mim. Se hoje tenho 6 anos sem ele, tive 30 ao seu lado, admirando, aprendendo, amando e sendo amada.
Nós éramos muito próximos, eu o acompanhava nos compromissos profissionais e pessoais. Tão próximos que isso preencheu meu coração. Sou capaz de senti-lo ainda hoje. Minha irmã Andreza também era muito presente, talvez ainda mais que eu. Mas havia uma diferença, eu e ele partilhávamos a mesma paixão pela educação, ela era apaixonada por ele...❤️
Bom, não era difícil apaixonar-se por ele, por onde passava deixava corações no olhar das pessoas. E nos ouvidos também. Porque além da beleza do seu ser havia a beleza da sua fala, de seu pensamento. Beleza que compreendi completamente.
Meu pai foi um homem presente e sua presença vibrava em volta, atingia quem estivesse por perto. Foi um religioso, ex-padre, parte da vida dele foi dedicada completamente à espiritualidade. Mas talvez seja injusto dizer "parte" e mais coerente dizer "toda" a sua vida, pois mesmo quando deixou de ser padre ele ainda estava caminhando na direção de seu espírito e de seu coração, buscando a própria verdade e explorando a sua capacidade de espalhar amor e sabedoria por onde passasse. Assim foi até o seu último suspiro.
Meu pai amava a vida e encontrou sua própria forma de imortalidade: as filhas e o trabalho. Ele vive em cada uma de nós (eu, Andreza e Adelita). Através de nós ele continua sua caminhada em direção ao espírito do mundo, em direção à verdade da vida, pois levamos seu sangue e seu legado em nossos corpos.
Além disso há a vida que pulsa no trabalho educacional que ele iniciou, que ele sonhou, e que eu honro, por ser este trabalho também o meu próprio sonho e a expressão do meu ser.
Uma ausência repleta de presença, uma morte cheia de vida: a do meu pai. Muito oportuno lembrar dele não na data que ele morreu, mas no dia que Cristo nasceu. 🙏🏻❤️
(Foto gentilmente cedida pela Katia Rocha, tirada em uma de suas palestras)
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