sexta-feira, 6 de outubro de 2017

O amor nasce na carne

O amor nasce na carne
Depois ele corre e se espalha na alma
Não tem volta 
É como doença boa
Não contagia
Inebria o doente
Dói o peito
Dói dentro da gente
"Estou morrendo", se sente
E um pedaço lá do fundo morre mesmo
Pro amor trazer outro mundo pra fora
Então nesta viagem só de de ida
O amor desbrava as maiores mortes da vida 
Atravessa tudo
Me atravessa!
Não importa se me olha
Ou se se esquiva
Ele tem nas mãos os seus poderes
E me mantém viva
Sei quando te vejo
Um aceleramento
Um espasmo, seu beijo
Sei quando te toco
Como a um tesouro
Te suspiro, silencio,
Te evoco. 
Ficamos suspensos
Nossa respiração é o tempo. 
Uma rara eternidade o nosso encontro. 
Nascem palavras invisíveis que não sei se conto
Me calo. 
Só me invade o sentimento 
Vivo.

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