domingo, 28 de dezembro de 2014

Invenção

Você nunca está comigo
Nunca
Você não me vê
Você não repara
Você não me sente
Queria que me adivinhasse
Mais do que sou capaz de adivinhar a mim mesma. 
Não seria o homem amado aquele que me sabe mais do que mostro?
Que me nota o que não digo?
Que me oferece abrigo?

Preciso inventar que não me ama
Para justificar minha tristeza inerente
Que sinto dentro da alegria
Que escondo no riso


Um comentário:

Nilson Barcelli disse...

Há gente muito distraída.
Será o caso...
Em qualquer caso, gostei muito do teu poema, é magnífico.
Bom Ano e bom resto de semana, querida amiga Aline.
Beijo.