E eu? Eu colhi as palavras espessas e puras.
Palavras raras que debruçavam sua força
por uma rampa longa e escura.
Palavras que desciam do céu como candelabros acesos em chamas singelas
Palavras que beijavam o horizonte com cores de sol poente.
Palavras que a brisa levava para dançar canções no breu.
Palavras pelos recantos, cantos, matos, pelas multidões, campos, cidades, levadas em vôos de besouros, mosquitos, pernilongos.
Palavras caminhando nas peles e pelos, nos corpos e folhas, em você, em mim. Dentro e fora de nós.
Palavras, sim.
Palavras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário