Que possamos dar ao amor a voz necessária, os braços perpétuos, o alcance repleto e certo, a realização.
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Que possamos dar ao amor o corpo, a respiração, o suspiro, para o acontecimento, como um tiro, torná-lo sempre vivo.
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Que tenhamos a inspiração para sonhar (com o amor), a razão para escolher (o amor), o coração para pulsá-lo e todo o resto para vivê-lo.
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Que possamos dar ao amor a simplicidade de o termos puro, a riqueza de o percebermos simples, a alegria de o reconhecê-lo inteiro. Enquanto vivermos.
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Pois é do nosso feitio amar, e de nossa memória lembrá-lo, e de nosso corpo fazê-lo. Do amor nascemos, do amor vivemos e, com ele e por ele, permanecemos. É só o que fica de nós: os momentos que amamos e os que fomos amados.
(Aline Ahmad - 24/10/2021 às 9h25)